O país cabe aqui.

Utentes manifestam preocupação com aglomerados no Mercado do Trinta

Por: Nambi Wanderley

Num período em que é imperial cumprir com as medidas de distanciamento e de higienização, como forma de prevenção contra a covid-19, impostas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que passam pelo distanciamento de pelo menos um metro entre uma pessoa e outra, e a higienização frequente das mãos, os utentes do Mercado do Trinta, em Luanda, mostraram-se preocupados com os grandes ajuntamentos de pessoa naquele local.

Apesar da existência de megafones e aparelhos de som de grande amplitude e maior alcance usados para transmitir informações sobre a prevenção contra a Covid-19 e da redução de vendedores de seis mil para quatro mil, continua a existir uma grande preocupação da parte de quem frequenta e faz compras no mercado, devido aos grandes aglomerados lá existentes.

Lina Brandão, que frequenta o mercado a cerca de sete anos, avançou que houve melhorias significativas no mercado, sobre tudo no que diz respeito a higienização dos produtos “as bancadas mudaram para melhor, antes os vendedores estendiam as mercadorias no chão”.

Lamentou o facto de as pessoas não respeitarem o distanciamento social, já que o número de casos de covid-19 no país não pára de aumentar. Por outro lado, aconselhou as pessoas a ficarem atentas quando forem às compras uma vez que existem pessoas desonestas que apropriam-se dos bens alheios.

No mesmo diapasão, Domingas dos Santos, que frequenta o mercado semanalmente, apontou que não está a ser cumprido o distanciamento entre as pessoas, fruto das grandes enchentes e foi mais adiante, afirmando que não há água para a lavagem das mãos, nem separação entre as pessoas que entram e saem do recinto.

Noutro sentido, os funcionários do mercado, abordaram aspectos ligados a segurança interna do mercado, que classificam como boa, apesar de existir um ou outro individuo que aproveita-se da distracção dos clientes e furtam os seus bens.

Para Madalena Luna, vendedora, o mercado do Trinta é dos poucos na capital, que não regista muitas ocorrências de roubos “pelo tempo que trabalho aqui neste mercado comparando com os outros mercados, as pessoas andam à vontade”, afirmou.

Já Rafael Mundela, ajudante de compras (trabalhador), reforçou a opinião de Madalena Luna, referindo que o Mercado Trinta é dos poucos mercados em que se anda sem medo.

Para mitigar o problema dos roubos no mercado do Trinta a administração criou um sistema de segurança em colaboração com o Comando Policial do Distrito da Baia e colocou no local elementos do Serviço de Investigação Criminal (SIC).

O mercado do Trinta ocupa uma extensão territorial perto dos cinco mil metros quadrados, recebe produtos agrícolas provenientes da região Centro e Sul do país, produtos estes que sustentam vários mercados de Luanda, como Catinton, Asa Branca, Estalagem e vários outros mercados de Luanda.

Comentários estão encerrados.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você está de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceitar Leia mais

Política de Privacidade e Cookies