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“Trabalho para dignificar a comunidade negra na Europa, não me vendo nas redes sociais” – Carlos Paca

Carlos Paca (Kota Bilé), artista angolano de teatro, cinema e novela, deu uma entrevista, neste domingo (22), ao “Noticias de Angola” (NA), em Luanda.

Eis a entrevista.

NA –    Apresente o seu bilhete de identidade aos nossos leitores?

Carlos PACA (CA): Bilhete de Identidade:

Carlos Paca (CP): Nome Carlos Paca, nascido aos 02 de setembro de 1978, nas Imgombotas. Viveu no Rangel e na Marginal de Luanda, e agora no Kilamba.

Vivo entre Nova Iorque (Estados Unidos) e Lisboa (Portugal).

Sou separado há cinco anos e estou em fase de divórcio.

Solteiro, de 41 anos de idade e sem filhos.

NA – Como e quando surgiu a paixão pelo teatro?

CP: Sonho com a minha profissão desde os 9 anos. As novelas brasileiras e alguns filmes como o Breack – Dance com a personagem “Turbo” foram a minha inspiração.

Trabalho como actor profissional na Europa, Índia, Brasil, etc a 20 anos com um prémio nas artes de representar.

NA  – No início da sua carreira, teve o apoio de quem?

CP: Tive o apoio de alguns familiares e amigos como: oEurico Guimarães, Ossanda, Gil do Carmo, Ery Costa, Daniel Martinho, Natália Luíza e outros.

NA  – Depois de várias conquistas alcançadas, sente-se realizado?

CP: Conquistas para a minha vida, sim muitas, mas o Carlos Paca trabalha para dignificar a comunidade negra na Europa, por isso não me vendo tanto nas redes sociais, falando sempre sobre as minhas conquistas, até porque tenho ainda um longo caminho a percorrer.

NA – Qual foi o seu melhor projecto realizado em Angola e no estrangeiro?

CP: O melhor projecto em que estive envolvido em Angola foi o “Família, Mudamos o Kubiko”, pela componente social e humana.

NA – Acha que Angola lhe dá o reconhecimento merecido?

CP: As famílias angolanas mereceram. Não procuro o reconhecimento de ninguém em relação às coisas que faço. O reconhecimento é bom, quando vindo de críticos e de profissionais entendidos na matéria, devidamente certificados com provas dadas ao longo dos anos.

NA – Quais são os prémios que conquistou dentro e fora de Angola?

CP: No estrangeiro, foi a série de comédia ligeira, incorporada na palavra e nas situações, com título “Querida Preciosa”, escrita pela grande actriz  angolana Ciomara Morais. Também, há prémios de “actor revelação” pela revista sábado em Portugal,

“Prémio prestígio” na divulgação do bom nome de Angola na Europa.

Prémio de melhor interpretação no festival de cinema da Africa – Austral.

NA – O quê representou para si o projecto “Família Mudamos o Kubico” e qual foi o sentimento ao saber que o mesmo teria de terminar?

CP: O “Família Mudamos o Kubico” foi importante, mas, por questões relacionadas com alguns compromissos meus na Europa, tive que dar lugar a “Mel Gamboa”, que continuou na TV Zimbo.

NA – Aonde anda e o que faz actualmente, Carlos Paca?

CP: Eu ando a trabalhar na Europa, precisamente Itália, Alemanha, Portugal, etc.

NA – Que avaliação faz do teatro que se faz em Angola? E os actores angolanos de uma maneira geral?

CP: Angola tem ainda outros desafios e prioridades, mas os globos de ouro de angola e os “prémios moda Luanda” têm-se imposto. Se conseguirem a parceria dos mais entendidos nas várias disciplinas das artes de representar, como José Mena Abrantes, Adelino Caracol e outros, e se se fizerem aconselhar pelos fazedores e promotores das mesmas, não só estarão a respeitar a profissão como poderão ganhar ainda mais credibilidade. O teatro que se faz em Angola é muito bom. Falta investimento, do ponto de vista dos cenários, os próprios teatros e outras coisas, mas temos actores, encenadores, programadores e promotores de nível internacional.

NA – No momento actual, já recebeu alguns convites para trabalhar nas televisões angolanas ou um outro projecto? Caso tenha surgido tal convite, O quê respondeu? E porque razão respondeu?

CP: Nunca fui convidado para trabalhar em Angola e por nenhum canal de TV, produtora de cinema ou de teatro. Não procuro tratamento especial, mas nunca recebi convite de ninguém.

NA – Por portas e paredes, ouvimos dizer que tem um projecto em vista. De que se trata? E quem são as pessoas envolvidas no mesmo?

CP: Neste momento, estou a terminar um filme em Milão (Itália) e promover a 3.ª temporada da série ” MAISON AFROCHIC” do canal MUNDO FOX, que vai passar na posição 500 da DSTV a partir de hoje, com lindas e grandes actrizes, como  Micaela Reis, Ciomara Morais, Lizy Alves e Grace Mendes, Fredy Costa e Lialzio Vaz.

NA – Que conselho deixa para os fazedores de arte em Angola, de forma geral?

CP: Os Angolanos são muito bons em qualquer arte.  Aos fazedores de arte em Angola aconselho a continuarem. A arte é um alimento para o espírito e as pessoas precisam para viver e continuar na luta diária.

Gostaria de pedir aos artistas, com grande mediatismo em Angola, que se juntassem para angariarem ajuda para os nossos irmãs no Cunene.

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