Regime cambial flutuante dá esperanças a economia angolana

A secretária de Estado para Finanças e Tesouro, Vera Daves, afirmou hoje, que o regime cambial flutuante que entrou em vigor em Janeiro deste ano, em substituição do fixo, com o apuramento de taxas iniciais de 221,26 kwanzas por cada Euro e AKZ 185,513 por cada Dólar, tem permitido corrigir as distorções e reanimar a economia angolana.

No primeiro leilão, realizado no âmbito do câmbio flutuante, o Kwanza registou depreciação de 18,9 % em relação ao Euro e 10,8 porcento face ao Dólar Norte-americano.

Vera Daves discursava na abertura do VIII Fórum Banca numa iniciativa do Expansão, que reúne autoridades, banqueiros, empresários, gestores, quadros superiores, académicos, consultores e outros agentes num amplo debate sobre “Qual o Melhor Regime Cambial para Angola?”.

Segundo a secretária de Estado para as Finanças e Tesouro, a estabilização das reservas internacionais líquidas em níveis seguros consta das principais prioridades do Governo, ao mesmo tempo que se procura por mais investimento directo estrangeiro.

Apontou que do ponto de vista macroeconómico, o ano económico de 2018 tem sido melhor do que o triénio 2015-2017, pois perspectiva-se hoje uma taxa de inflação de 23, inferior aos 28 % previstos no OGE 2017 – e muito inferior aos cerca de 40% registados em 2016, sendo que em Maio, a taxa fixou-se já ligeiramente abaixo dos 20%

A alteração do regime cambial, que entrou em vigor em Janeiro deste ano, surge no quadro da implementação das medidas de ajustes fiscais, monetários e cambiais, no âmbito do Programa de Estabilização Macroeconómica do Executivo para 2018.
No regime câmbio fixo, anteriormente adoptado pelo Banco Nacional de Angola (BNA), cada Euro custava os 186,303  kwanzas  e cada Dólar era transaccionado 166,749 kwanzas e no regime de câmbio flutuante, a base da cotação passou a ser Kwanza/EURO, ao contrário do regime anterior em que a base da cotação era Kwanza/Dólar.