Ministra da Saúde admite falhas na logística dos medicamentos

A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, admitiu na noite desta terça-feira (10), em Luanda que um dos grandes desafios do sector da saúde, é a melhoria da logística dos medicamentos, que passa também pela penalização das vendas ilegais destes dentro das unidades sanitárias.

A titular da pasta, que falava durante uma grande entrevista no canal 1 da TPA, reconheceu que existe uma grande escassez de medicamentos dentro de algumas unidades sanitárias do país, devido a conjuntura actual e a falta de pagamentos.

De acordo com Sílvia Lutucuta, o MINSA está a trabalhar, em colaboração com o Ministério do Interior, para penalizar e evitar estas praticas.

Fez saber que muitos profissionais do sector já estão a contas com a justiça, respondendo assim processos criminais por cometer este acto.

“Já visitei várias unidades hospitalares onde, no decorrer das mesmas, foi reclamado a falta de medicamentos, porém quando nos deslocamos ao depósitos foram encontrados medicamentos”, disse.

Não obstante isso, “nós estamos a trabalhar para melhorar essas lacunas existentes, apesar das vicissitudes”, disse.

Segundo a ministra, a empresa CECOMA é a instituição responsável pelas compras agrupadas, acrescentando que, ao nível dos municípios, existe  autonomia financeira e recursos para comprar os medicamentos.

Referiu-se também a unidades com esta autonomia para as quais são alocados recursos para se comprar medicamentos, e apesar de tudo, a ministra Sílvia Lutucuta manifestou a sua crença nos profissionais dedicados que, mesmo com todos os problemas financeiros e sociais, estão a desempenhar o seu papel com o melhor que podem, apesar de existir aqueles de má fé que desviam os medicamentos.

Dai ter apelado a população a denunciar casos de furtos de medicamentos nas unidades sanitárias para ajudar a acabar com estas práticas.

Por outro lado, a ministra reconheceu existir problemas graves  no domínio da humanização dos cuidados de saúde, que levou a criação de uma direcção de ética e humanização, contendo um gabinete para supervisionar todas as inquietações apresentadas. Ainda com vista a humanização dos serviços de saúde, disse que estão a apostar nas formações, além da parceria com as igrejas para o resgate desses valores.

Ao referir-se à questão da hemodiálise, a ministra adiantou que cerca de 1.600 pacientes estão a fazer hemodiálise em vários centros, que levam as autoridades angolanas a gastar, em média, cerca de 250 até 500 dólares.

 

Comentários estão encerrados.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você está de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. AceitarLeia mais

Política de Privacidade e Cookies