Luanda-Norte: Mais de mil refugiados congoleses já na fronteira de Chissanda e Chicolondo

Ao todo, 1.066 refugiados da República Democrática do Congo (RDC), dos quais 580 crianças, 209 mulheres e 277 homens, que se encontravam no assentamento do Lóvua, na província da Lunda-Norte, foram transportados até ontem à fronteira do país de origem.

O Governo Provincial da Lunda-Norte colocou à disposição três camiões para o transporte dos refugiados congoleses que decidiram regressar espontaneamente ao seu país.

Uma fonte do governo provincial disse ao Jornal de Angola que os refugiados, apoiados com meios de transporte, água, assistência médica e alimentos, tiveram como destino as fronteiras de Chissanda e Chicolondo, que dão acesso às regiões congolesas de Tchicapa e Katanga.

As autoridades da província da Lunda-Norte, segundo a mesma fonte, aguardam pelo reforço de meios logísticos, principalmente transportes para apoiar, num espaço de tempo mais curto, o regresso dos refugiados às diferentes zonas de origem, uma vez que se aproxima o tempo das chuvas.

Até ontem (21 de Agosto), a maioria dos refugiados continuava concentrada ao longo da Estrada Nacional nº 225, à espera de transporte para as fronteiras do Marco-28, localizado entre os municípios do Cuilo e Caungula.
A governadora em exercício da Lunda-Norte, Deolinda Satula Vilarinho, garantiu, segunda-feira, a mobilização de meios logísticos para apoiar os refugiados e as forças de defesa e ordem pública envolvidas no sistema de segurança.

Deolinda Satula Vilarinho mostrou-se preocupada com o período chuvoso que se avizinha, principalmente nas estradas secundárias que dão acesso às zonas fronteiriças, sublinhando a necessidade de se acelerar o processo de transporte dos refugiados. 


Já Mutombo Kabanga, refugiado que pretende regressar à região de Katanga, disse que a decisão de deixar o campo de acolhimento do Lóvua, sem esperar pelo apoio do Alto-Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), foi tomada de forma unânime, em Abril, devido à necessidade de garantir a formação académica dos filhos.


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